terça-feira, 21 de abril de 2015

Mas isso só acontece depois da morte:

O ser humano não é apenas fruto da decomposição dos tecidos e do tempo...
Mas também da epigênese remota de sua natureza interna que pulsa.. 
Quando pequenos temos rostos doces, puros e angelicais... Olhos livres de culpa. 
Uma pele macia que transparece uma alma ainda imaculada... 
Quando crianças passamos a cortar essa pele por feridas, descobrindo o mundo ao qual fazemos parte. Com machucados, cortes, descobrimos que há algo que nos circunda muito maior do que nossa própria existência;
Adolescentes já, desabrocham nos rostos (como acnes) o mundo da luxúria e da carne que se apresenta.
Quando adultos viramos cobras que nunca trocam de pele, temos aspecto normal aparentemente.. 
Ao passar do tempo quanto mais envelhecemos mais se transparece em nossos rostos os traços de um interior vazio e sem esperança, cheio de dor.
Então vemos o quão enrugados fomos por dentro...
Definhando na terra com este aspecto hostil, e com o desrespeito a aqueles que estão trilhando o mesmo caminho pelo qual passas... O ser humano ''evolui'' em estado de idade e não de humanidade.
Passam os anos e este continua esperando que chegue o dia em que tudo se renove e aos 70 anos possa estar com a pele interna tão suave como a de uma criança de um ano de idade. 

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